Matilde de Melo surge, na obra “Felizmente Há Luar!”, como a figura simbolizante da resistência à tirania e do anti poder de um estado à época.
Enquanto mulher de Gomes Freire D’Andrade, preso numa conspiração nacional, Matilde tenta salvar o seu homem da morte certa, confrontando os “Senhores do Rossio” – governadores da nação, que marcam um estado social, politico e religioso corrompido. Mostrando uma coragem soberba, a companheira do general desmascara o interesse por detrás deste grupo, tentando chamar a atenção para os reais valores humanos – a sinceridade, a caridade – contra um regime hipócrita e injusto.
Desta forma, Matilde torna-se a “fonte” de esperança e luta de todo um povo, que revê nas acções desta a esperança de poder, um dia, instaurar um regime liberal no país.