O homem sente, desde há muito tempo, uma fulgurosa necessidade de introspeção pessoal como meio para atingir a harmonia perfeita entre o corpo e a mente. A viagem surge como o caminho a percorrer na obtenção de novos saberes, numa descoberta pessoal única que preenche o imaginário de cada um. Indiferente a raças, crenças religiosas ou estatutos sociais, a viagem torna-se a via para uma reflexão profunda, na busca da perfeita harmonia entre o corpo e mente.
No plano cultural, a viagem explica o lado mais humanista do ser, na partilha de ideias, através de uma relação interpessoal entre diferentes etnias. Em concreto, as jornadas a diferentes países do mundo apresentam uma perspectiva única na experiência de novos ambientes sociais, políticos e económicos, que alteram a percepção da realidade do momento, questionando pontos de vista até então nunca abordados. Assim, viajar torna-se fundamental para testar convicções desde há muito enraizadas no pensamento.
Por outro lado, esta jornada pode significar a conciliação entre a vida material e a vida espiritual – aquela que alimenta o sonho e responde à necessidade constante do homem na realização pessoal, em busca do esclarecimento do seu universo. Assim, o ato de viajar torna-se um depósito de fé, na transformação sentimentos de carácter pessoal – como o amor pelo próximo ou a entreajuda, em ações concretizáveis, determinantes na eliminação de valores morais de carácter negativo – como é a violência ou a injustiça social, no contexto de uma convivência em sociedade.
Assim, cada viagem é uma nova descoberta, na qual o homem coloca à prova a sua interpretação do mundo, atingindo a empatia entre as suas convicções pessoais e dos que as rodeiam – tornando-se conhecedor do seu lugar na comunidade e, ao mesmo tempo, alcançando a singularidade entre o exterior e interior.