Ricardo Reis

Na poesia de Ricardo Reis, a passagem do tempo surge como a verdade inconveniente da qual o sujeito é vítima, tomando consciência da impossibilidade escapar a este ciclo vicioso que apenas encontrará paragem na morte.

Desta forma, o “eu” lírico aconselha a procura dos prazeres levianos que a vida oferece – aqueles que não produzem excesso de sentimentos, porque só assim se é capaz de aceitar o papel no mundo, por muito insignificante que este seja.

Como poeta neoclássico, recorre à filosofia de Horácio para demonstrar a sua máxima, da qual retém o aproveitamento dos dias por completo, focalizando a energia no momento presente, na plenitude entre o ser e a natureza.

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