Cultura Visual – Apontamentos

Abstracção

  • . Nada a narrar nem a contar;
  • . Expressão Vs Representação
  • . Ready-made e fotografia, novo conceito da que já existe. Auto-reflexao da pintura.
  • . “Crise da imagem”, não se percebe nem se compreende,
  • . Elementos ópticos, diferencia o quadro do mundo,
  • . Conceito de quadro muda, já não é uma janela nem espelho. É uma ordem imaterial com leis próprias,
  • . Redução e simplificação,

3 fases da imagem abstracta:

1ª- até 1913, procura da essência das coisas. Abstracção significa redução do real e da natureza – modernismo

(Mondrian, Kandinsh, Malevish)

2ª- entre 1913 e inicio dos anos 60. Redução e inovação da técnica da pintura.

Obra de arte = experiência. Abstracção significa sistema autónomo constituído por elementos puramente pictóricos: Cor, forma e linha – modernismo

(Escola Nova York , Pollock)

3ª – Depois dos anos 60. Afastamento da abtracçao, pois já há a intervenção do real. Ausência de toda a legibilidade ou interpretação figurativa, intelectual ou simbólica do quadro.

Arte Politica.

Abstracção Geométrica

  • . Não há lugar para o acaso, tudo é pensado.
  • . Grelha: Anuncia vontade de silencio sobre a arte moderna e a sua hostilidade para com a representaçao. (apareceu no cubismo)
  • . Krauss diz que a grelha é a característica da arte do sec. XX.
  • . O pintar fixa o invariável como variável, isto é, a pintura caminha do acidental para o absoluto, do concreto para o abstrato e do objecto para a geometria do objecto
  • . Bidimensionaidade, não há profundidade. Superfície do objecto – Pintura derradeira (imagem monocromática é a ultima imagem, tudo lhe foi retirado)
  • .  Não há figurativo. Liberdade da forma,
  • . Cor e forma absoluta pode levar ao fim da pintura (Malevich)

Abstracção Lírica

  •  . Evita o fim da pintura. Irrupção do irracional.
  • . Não há definição; Subconsciente e irracional. A clareza torna-se difícil.
  • . Objectivo: atrair a sensibilidade para o campo do inominável , ja não é o subconsciente mas a experiência.
  • . Action painting, rejeita o controlo da consciência, por isso é um ataque à técnica (dripping)
  • . Pintura vira-se para si própria (Manet),
  • . Destruição da ilusão,
  • . Espaços pictórico torna-se visível e menos representacional e também mais plano e superficial.
  • . Óptico(visão convencional ) e Háptico (Objectos que saltam à vista, salienta. Uma percepção modificada. Ex. Levar um murro no olho)

Abstracção depois da Abstracção

  • . Última fase da abstracção,
  • . Acabou com o idealismo da pintura, nasce a experiência da pluralidade de sentidos do quadro,
  • . Cria-se uma imagem para se ter um efeito visual,
  • . Ponto zero, trabalho visível tornou-se instrumento de analise da percepção. Coloca questões sobre a forma.

Kandinski:

– Abandona a pintura figurativa a partir de 1910, pois vê o objecto como um obstáculo à sua pintura,

–  Usa cores do arco-iris, com pinceladas livres e dinâmicas. (inspira-se: Fauvismo, Magritte e nas pinturas estilhaçadas de Cezanne)

– Sentido espiritual à forma e à cor, eliminando os vestígios da natureza através de um estilo não figurativo e dionísiaco (em oposição ao estilo literário e narrativo da pintura figurativa)

– Teme cair numa forma sem significação, por isso substitui a realidade exterior pela força das emoções.

– A arte tem de dominar o real.

Mondrian:

– inicia-se Cubista, passa pela arte do signo e termina neo-plasticismo.

Baseada na Teosofia, O homem é representado por uma linha vertical e tudo o que o rodeia aparece como linhas horizontais.

Abandona todas as linhas curvas e, com isto, descobre o signo – O ultimo refugio do real.

Há uma ausência da liberdade instintiva e da maleabilidade irracional da cor.

Nesta ultima fase, o artista utiliza as três cores primarias mais o preto e o branco como não-cores para fazer sobressais as cores primarias.

Malevich:

–  Suprematismo levou-o à pintura abstracta de forma radical, para a simplicidade geométrica.

– Supremacia da sensação pura.

– Pintura abstracta levada ao extremo, por exemplo um quadro branco com um quadrado branco pintado.

Expressionismo Abstracto

Relação directa do pintor na tela (2ºGM) –  Não figurativo

  • . Grandes dimensões da tela,
  • . Superfície plana, concebida como abolição da perspectiva e como espalhamento da cor,
  • . Gesto como experiência directa e intima do pintor,
  • . Colorfield painting : emoções são mais controladas e afastadas do improviso psíquico da action painting. Opõe-se à action painting. O lado contemplativo e teológico (abulir td o que for opinião, mm a de deus. = Campo de cor.
  • . Action painting
  • . Escolas Pacifico – influencia oriental  e NY – Colorfield p e Action p.

Rothko:

(1945 termina a guerra)

– Abandona a pintura figurativa e lança-se na pintura de grandes extensões monocromáticas que interrompia com linhas ou faixas de gradações de cor – sugerindo aparições divinas através da luz- cor como equilíbrio de forças.

– Influenciado pela cor de Matisse e pelas sombras dos surrealistas.

–  A cor é mais importante do que o tema.

– A unidade da pintura só é possível com o desaparecimento do real.

Ad Reinhardt:

– Telas a negro (a ultima imagem repetida eternamente)

– Consiste em grelhas cuja cor se dispõe segundo quadrados de tons ligeiramente diferentes e cujo limites são perceptíveis somente apenas após uma adaptação do olho.

Action Painting

  • . Tela como campo de batalha; regista o movimento violento do gesto do artista = revela estado de espírito do pintor.
  • . Já não é uma imagem mas um acontecimento.
  • . Não tem inicio nem fim. Gosto pelo inacabado.
  • .  Tudo brota naturalmente do inconsciente para o gesto.
  • . O pintor liberta-se do objecto e da natureza. Não quer o mundo para ser diferente, mas quer que a sua tela seja o mundo.

Rosenberg:

– Pintura do gesto, a estética está subordinada ao acto de pintar – cor, forma, composição e desenho são auxiliares; o que conta é a revelação contida no acto.

Pollock:

– Obra sem principio nem fim, repugnância pelo acabado.

– A pintura tornou-se automática e o acto de pintar é uma aventura de auto-realizaçao (“I’m nature”)

  • – Aplica a tinta industrial com a ajuda de um pau, que fazia escorrer continuamente a tinta.
  • – Inclui diversos objectos na tela (Pregos, botões, chaves, moedas,beatas,fósforos e tampas de tubos de tinta – acabam por não ter importância pois são sufocados pela pintura, têm a função semelhante às manchas de cor) que testemunham a natureza acidental do processo da “pintura”, textura tridimensional para amplificar o potencial significativo da imagem.

Escola do Pacifico

  • . Influenciado pela filosofia oriental. Substituem as grandes extensões monocromáticas pelo gesto rápido dos mestres da caligrafia.
  • . Marc Tobey : anos 30, pinta recorrendo à técnica do “all over”. (ocupação total da superfície da tela)
  • . Sam Francis: inspira-se na caligrafia oriental, ao manchar a tela branca e vazia com uma cor forte e liquida que pingava na vertical.
  • . Daniel Buren : Pintura do ponto zero é um ponto entre outros do mundo, apenas faz referência a si próprio e que não tem qualquer relação de representação com o mundo, com ideias ou emoções. Procurou encontrar uma forma elementar ou mínima da pintura que não tenha conteúdo, seja vazia. A pintura pode abdicar do quadro enquanto suporte autónomo. Defende que a obra deve desaparecer ou ser remetida para um lugar onde seja um objecto entre outros para lhe ser concebido um direito à diferença e não insistir violentamente numa diferenciação – Critica à institucionalização da arte.

Imagem Contemporânea

Francis Bacon:

– Não segue a moda da abstracção, no aús da abstracção o pintor é a favor da figuração. Deu cabe da pintura que procura contar uma historia, e da pintura ilustrativa.

– Trouxe a pintura de sensação para a figura. E refaz a realidade através da pintura, deformando a imagem perante a fotografia, criando imagens “concentradas” da realidade.

– Não procura exprimir nada quando faz as suas imagens.

– Grande parte da sua obra é representada em imagens Trípticas, ou seja três imagens sucessivas de forma a desenvolver uma narrativa. (inspiradas na montagem cinematográfica soviética: chocar uma imagem contra outra.

Características da sua obra:

. Camadas uniformes de tinta – estrutura material (fundo)

. Circulo/Oval que serve de redoma para isolar a figura – contorno

. Figura que não está imóvel, apesar de isolada – figura

– A figura de Bacon é um corpo sem órgãos, que se define pela presença temporária e provisória de órgãos determinados.

-Introdução do tempo na pintura, tudo está estático, menos o corpo que é uma presença histórica.

Lei do diagrama em Bacon:

. Partindo de uma forma figurativa, o diagrama surge para mistura-la dando origem a uma forma de outra natureza, que é a figura. (Sendo catástrofe, o diagrama precisa de soltar qualquer coisa: a figura)

. É preciso que o diagrama esteja localizado no espaço e no tempo para não recobrir a totalidade do quadro como no expressionismo abstracto.

Gerhard Richter:

– Destrói e desconstroi a ideia de autor, resta algum ilusionismo.

– A partir dos anos 60, retira a subjectividade e individualidade, intencionalidade da pintura.

– Pinta o desconhecido – abstracçao geométrica e expressionismo abstracto. – a imagem abstracta acontece por si só.

– Adapta a fotografia, afastando-se da linha de cezanne, este recurso à fotografia deve-se a uma vontade de ruptura com o expressionismo abstracto e com uma necessidade de simplificar a pintura, na linha de lichtenstein e Worbal.

– Para o pintor, a fotografia impede a estilização e uma interpretação pessoal do tema; ela é já um quadro em miniatura, o pintor devia acaba-la enquanto quadro, através da pintura.

– Os momentos instantâneos, banais atraiam-no muito mais. do que as fotografias artísticas e trabalhadas. (ficam empobrecidas por causa dos jogos de luz)

-Ao utilizar a fotografia como modelo procura esvaziar a pintura da sua bagagem histórica e de convenções, como composição e conteúdo.

– As sua obras são muito parecidas com as fotografias, mas fotografia é menos pessoal.

– Afastamento do modernismo. Ainda que a fotografia tenha aberto o caminho a um novo repertório da modernidade, também permitiu repensar a actividade pictórica na sua relação com a cultura mediática.

– Representação e auto-reflexao = andam a par na obra do pintor.

David Hockney:

– Mistura vários estilos como o Pop e o Cubismo.

– Contexto linguístico da imagem enquanto imagem (em vez de qualquer referente na natureza) define a realidade que descreve.

– O pintor diz que apesar das imagens parecerem estarem cheias de acção, elas não deixam de estar paradas, porque um quadro não contem nenhuma acção – é isto que lhe atrai.

– Em 1967, começa a usar a fotografia como esboço para quadros.

-Acredita que a fotografia exclui mais do que o que revela e que se constrói a partir de formas que são contrarias à visão natural e à arte tradicional.

– a solução são as “Joiners”:

. Acrescenta uma fotografia a uma fotografia ou a dezenas de fotografias entre si.

. Questionando a fotografias como “momento decisivo”.

. Surge pela impossibilidade de ver tudo de uma só vez – sucessão de instantes que dão uma visão global.

. A sua fotografia tem uma intenção de aumentar o alcance da fotografia.

.  Um dos métodos é indicar a sua própria presença, algum indicio de que está fazendo uma fotografia  -incluindo a sua mão, pés…(o argumento é que a fotografia é necessariamente autobiográfica.

– Tanto as Joiners como a sua pintura tem um centro em movimento, em que o olho segue um caminho por etapas, em vez de ter uma prespectiva monocular.

– No fundo, o artista procura produzir imagens(fotografia e pintura) que sejam equivalente da dinâmica natural do olhar.

– Percurso narrativo e não descritivo.

Pop Art

  • . Anglo Americano, ou seja, inicia-se na Inglaterra e segue para os Estado Unidos.
  • . Propõe um apagamento da expressão, do sentimento e da personalidade, apaga a gestualidade do autor – Aparência mecânica (serigrafia, cópias de cópias)
  • .“Arte do lixo”, são utilizados objectos consumidos em massa pala sociedade de consumo.
  • . Há a necessidade de sacudir toda a imagem pictórica e mostrar imagens conhecidas por todos.

Há três níveis na Pop:

  1. Integra os objectos e personagens representados,
  2. Integra a imagem através da qual são vistas,
  3.  Tende para a abstracção (em ícones como Marilyn)
  4. O Pontilhismo também é utilizado como técnica mecânica (também pode ser visto como uma aplicação) Serviam também para construir as zonas de sombras. (como Lichtenstein aplicava)
    • . É uma arte efémera,(Worhal utiliza ícones da morte, como a cadeira eléctrica)
    • . É uma arte Junk, pois inclui o detrito.(assemblage, serigrafia,borrados) é extrovertida, por mostrar demais apesar de comunicar pouco.
    • . Arte da banalidade, vulgar
    • . Estabelece uma relação directa entre o espectador e a obra.
    • . Niilista, Âbigua, lê-se o objecto exposto mas também se lê uma critica. (ironia)
    • . “Meta arte”, falar de uma imagem que já tinha sido trabalhada. Ou seja, são representações de representações.
    • – Arte Cool, apela a um flanêur (atracção do olhar)

Técnicas:

– Desenho límpido, com linguagem da BD e da publicidade.

– Pintura “faça você mesmo”, serigrafia sobre a tela.

– Cores fortes

– Alterações da escala, o objecto são evidenciadas, dimensões muito grandes.

  • . A assinatura transforma o objecto em arte, assim como, a transposição do objecto para a escultura ou quadro dá-lhe o valor artístico.
  • . Imagens simples de analise. O tempo da visão é o tempo de compreensão.
  • . Ultimo grande movimento generalizado e que ainda hoje tem adpetos.
  • Anos 50, televisão – grandes Maxmedia.

 

 

 

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